quarta-feira, 5 de junho de 2024

múltiplas poéticas

 

curta brisa

 

não tem jeito

 a vida é uma fera

quando menos se espera

 uma hora qualquer

a máquina dá defeito

então o que me resta

 para não perder o fim da festa

- fechar a boca

 cortar um kilo disso

 outro daquilo

e nada de comer aquilo

 porque o vento me avisa

a melhor coisa é comer a brisa

e curtir a atriz enquanto ela desliza

  

entre o poeta e a musa

par May Pasquetti

 

houve um tempo de comunhão e sacramento de bento ao parque das ruínas a poesia deslizava em minha íris retina brisa flutuava entre confete  purpurina mesmo não estando em teresina

 

- tanta poesia me deixou tesa domingo de rock em santa teresa me larguei a falar quintana sem me preocupar que dia era da semana de tanto comer poema  me tornei atriz de cinema a vida tem coisas que não avisa chega de surpresa me pega e eterniza  

não acredita?

me veja lá no curta brisa.

 

A inocência do mortos

para Adriano Moura

 

mesmo ainda não tendo lê-lo ouso dizê-lo: objeto direto -  substantivo - a inocência dos mortos  espanta a ignorância  dos vivos

 

Pensamento Chão

para Viviane Mosé

 

 lavo a palavra solidão que no palácio da cultura é quebrada pelo barulho das espátulas raspando  paredes e  teto  até os livros sentem a falta de afeto por não serem tocados por mãos ávidas por leitura

 

meta poema

para Ribamar Bernardes

 

meta poema direto na veia meta abstrata concreta simbolista meta poema em linha curva pra não cruzar com a linha reta a meta do poeta é a lata me dizia gil quando a letra não maltrata  se  a musa é arquiteta


meu santo dai-me

para Juliana Stefani

 

certa vez

Tchello d´Barros

meu parceiro KINO3

para curar hipertensão

me recitou 1 soneto por dia

e 3 haicais de 8 em 8 horas

ora bolas

nunca tive pretensão

de ter saúde  de ferro

dizem que não falo

berro

e quando xingo poesia

o silêncio grita

pro meu santo

dai-me 0 chá que preciso

para arrancar esse dente do juízo

e se ainda não melhorar

me diz  o Ribamar

procure a UPA

unidade de poesia autônoma

para arrancar esse dente

me diz Tchello novamente

e se doença for crônica

nem Mário Quintana

só uma Crônica por semana

e não se envergonha

porque nem te CONTO mininu

me diz Jiddu Saldanha

lendo a dica de primeira

que me deu Ricardo Vieira

nesta insana quinta-feira

1 poema visual de 12 em 12 horas

mas só se for recaída mesmo

meu irmão

complementou Tchello ao telefone

só uma sopa de letrinhas

pode amansar hipertensão

              e aplacar a tua fome 

 

 * 

imaginem se vou suportar

 daqui pra frente

essa dieta alimentar ? :

 sem açúcar állcool farinha carboidrato chocolate

 : me faz pensar :

sai pra lá nutricionista

me deixa :

 vou virar peixe

morar no mar e comer peixa


Artur Gomes

In Vampir Goytacá

leia mais no blog

Balbúrdia Poética 

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/


II Festival Cine Vídeo Poesia

Kino3 – Fulinaima MultiProjetos

Na página Studio Fulinaíma Produção Audiovisual no Facebook

 

“ECONOMIZE-ME”

(Um videopoema de Tchello d’Barros)

veja na página

 

SINOPSE   

Um indivíduo imerso na natureza vocifera versos   contrapondo a selvageria do capitalismo em contraponto à vida de vítimas da sanha opressiva em nosso vulnerabilizado tecido social.

Acontece que não vai fazer a menor diferença

A depreciação do câmbio pelo superávit primário

Nem a fuga de dólares com o boom das commodities

Ou o investimento flutuante em derivativos de debêntures

Para a catadora de sururu no mangue lamacento

que amamenta sua criança quando baixa a maré

 

 

REALIZAÇÃO

"Economize-me" foi realizado c/ Produção e Cinegrafia da Fluxo Filmes, Pós-produção de Leonardo Soares e Mosaico, Edição de André de Belém e Milton de Oliveira, com Texto, Atuação e Direção de Tchello d'Barros.

                  

FICHA TÉCNICA

Gênero: Videopoema

Categoria: Livre

Cor: Em Cores

Duração: 03:50 Min 

Extensão:.MP4

Arquivo: 60 MB

Formato: 1920 X 1080

Ano: 2021

País: Brasil (Rio de Janeiro - RJ e Belém - PA)

Realização: Fluxo Filmes

veja na página Studio Fulinaíma Produção Audiovisual

https://www.facebook.com/studiofulinaima/




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rúbia Querubim - voragem

poema 10 meus caninos já foram místicos simbolistas sócio políticos sensuais eróticos mordendo alguma história agora estão famintos cravados...