do sangue
dos crepúsculos
"... entre a onda e o lampejo
da onda entrevimos o perfil em
chamas de nossos corpos..."
outra vez
o mar
os reinícios
insano
ígneos
refluxos
anarco
lúdicos
efetivo
colapso
afetivo
efêmero
frêmito
festivo
( eu nunca soube falar )
outra vez
o mar
os indícios
lírico
ilícitos
resíduos
psico
promíscuos
latente
incêndio
íntimo
eloquente
espasmo
último
( eu sempre sangro às seis )
outra vez
o mar
&
a falência
líquida
dos
corpos
lânguida
leveza
dos
ventos
distantes
a sede dos lírios
o nome das coisas
o chão dos dias
de
resto
um
máximo
léxico
de
excessos
um
narco
idílio
ilógico
onírico
a poesia derramada
. a língua acesa
os olhos retorcidos
( eu sempre quis assim )
você
entrando
e
nunca mais
saindo
de
mim
a Novalis
a
lívida
leveza
do
vento
claro
silêncio
tenso
de profundos
espasmos noturnos
" ... às noites me esvaio
em sacro fervor. "
Novalis
teus
olhos
derramados
espaços
dissonantes
extensões
líricas
cidades
convulsas
( esdrúxula
ilha
última
gozo
verbo
rrágico
êxtase
falo
crático )
íntima
invasão
viperina
intensa
expansão
lúbrica
:
teu
corpo
dissolvido
em
dissoluta
ausência
dispersão
vulvo
uterina
latência
líquido
sinuosa
( urbanas
carícias
corrosivas
distúrbios
orgânico
sintáticos )
:
nosso
eloquente
silêncio
indício
lascivo
de
março
cansaço
vestígio
onírico
de
fogo
falso
ou
rastro
íntimo
de
festiva
ruína
retrato
lúdico
de
inútil
euforia
( girassóis
libertos
rugindo
veloz
salto
colorido )
:
poesia
a poesia não é mais
a morte ainda existe
o dia nasce sujo
os poetas vivem pútridos
tua face um dia foi
a carne ainda chora
o sonho não existe
os poetas observam
incêndios
as crianças absorvem
felizes
o poema morre calmo
teus olhos nunca viram
( eu nunca soube
o que é poesia )
os poetas se masturbam
o corpo ainda existe
garbo gomes
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