Ademir Assunção
um dos grandes poetas da minha Antologia Pessoal
A farsa do amor
1
olho seco de cobra
morta —
chuva muito fina
agulhas
na carne viva
& você diz Amor
(velha senha secreta)
lambe as feridas
com língua de lixa
& tranca o trinco da jaula
2
não tente esse truque
outra vez
seja mais suja
meu doce amor
espete um alfinete
no olho do gafanhoto
toque fogo
nas asas de um anjo
capture vivo um ET
& o leve a um talkshow
mas não tente prender os lobos
quando for lua cheia
Ademir Assunção
sampa, 13.11.97
múltiplas poéticas viagens metafóricas por realidades reinventadas pelo serTão de cada um
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
a farsa do amor
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