terra
antes que alguém morra
escrevo prevendo a morte
arriscando a vida
antes que seja tarde
e que a língua da minha boca
não cubra mais tua ferida
entre/aberto
em teus ofícios
é que meu peito de poeta
sangra ao corte das navalhas
e minha veia mais aberta
é mais um rio de que espalha
amada de muitos sonhos
e pouco sexo
não me prendo ao laço
dos teu comandantes
só me enterro a fundo
nos teu vagabundos
com um prazer de fera
e um punhal de amante
Artur
Gomes
Pátria A(r)mada – 2ª Edição
Editora Penalux – 2022
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