tragédia
infame
empresto minha voz aos deserdados os desnutridos
os que não tem pela manhã café com pão
e sobre a mesa no almoço nem mesa
nem carne seca com farinha
espinha de peixe na garganta
é o que sobrou pra curuminha
empresto meu corpo minha voz
a esses personagens
os que tem sede os que tem fome
ou os que morrem assassinados
nos guetos nos campos nas cidades
por balas de fuzil está fudido o brasil
entregue as traças então me resta
exterminar o nome o sobrenome o apelido
do causador dessa desgraça
Editora Litteralux – 2023
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